quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Paraíso

Se eu pudesse ao menos esconder o meu sorriso de ti
A luz batia de baixo apesar de a razão mandar que viesse de cima
Estranho seria se os meus olhos não cruzassem com os teus
E sei o que é verdade hoje, e isso faz me esquecer o amanhã

Planto flores no teu jardim como quem escolhe com que cores pintar
Se sou inteiro sozinho, como é possivel que me sejas metade?
Levanto-me da cadeira, deixando um lugar para que o possas ocupar
É como o bebé que, depois de respirar pela vez primeira, não mais pode largar o ar

E teço ternura com os olhos, enquanto me embalas com essa canção
Trabalhamos letras e cores, no papel o mundo como nós o vimos
De que serve jogar ao rio flores se as podemos ouvir com os nossos ouvidos?
O vosso paraíso pode não existir, eu, eu descobri o meu

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