domingo, 29 de maio de 2011

A viagem

Para quem não sentia, um frio ar a noite tinha
Cheio de cinzento, triste, acabado
Mas do luar dos teus olhos, encantado
Saía aquele brilho quente, que me acarinha.

Não digo de barco, mas vamos até ao Sol
Pois é desse beijo tudo o que eu sei
Pelo menos, do calor não me ausentei
E se por vezes me deixo ir, leva-me para não cair.

E dou-te a mão numa branca folha
Branca igual ao meu peito, por pintar
Leva-mo o vento, onde irá parar?
Memórias para onde o mundo agora olha.

E é tudo um rasgo de alma, de verdade
O sorriso nasce, para não morrer
O amor existe, está a crescer
E com ele um baú eterno de felicidade.

1 comentário:

Luís Silva disse...

Lindo. Curvo-me perante este poema e os seus autores.